sábado, 19 de abril de 2008

Comentário a “Sentir pensar e agir” de Emílio Salgueiro

Este texto dirigido primeiramente a pais e educadores/professores chama-nos à atenção para a enorme responsabilidade pela formação inicial de seres humanos pensantes e coerentes que nós, futuros educadores e pais, temos entre mãos.
Antes de mais temos que parar para pensar: “quem sou eu?”, “quais são os meus princípios?”, “quais são os meus objectivos” e “quais são os meus limites?”, só depois de darmos uma resposta cuidada a estas questões é que podemos considerar que, já nos conhecemos a nós próprios, estamos preparados para encarar a sociedade como um todo, com as suas virtudes e suas fragilidades. É assim encarando esta sociedade que nos rodeia de forma objectiva e prática que poderemos transmitir valores genuínos e formar cidadãos com princípios.
Num tempo em que os valores estão longe de serem genuínos e a falsidade nos rodeia, deparamo-nos com uma triste realidade: nãos nos conhecemos uns aos outros. Seja entre os amigos, entre os colegas de trabalho e até os familiares. Agora questionamos: “como podemos ter a pretensão de querermos educar as tantas crianças que surgirão nos caminhos de cada uma se, por sinal não sabemos sequer (e as vezes nem queremos saber) quem são verdadeiramente as crianças que ali temos, as suas famílias e todo o contexto que as envolve.
Além de todo este conhecimento e consciencialização da realidade de cada um e primeiramente da nossa, temos sempre de ter presente na nossa actividade junto das crianças alguns pontos essenciais: justiça, coerência (entre o que se faz e o que se diz), liberdade (dar espaço às opiniões da criança), dar espaço inovação e criatividade.
Tendo em conta que a nossa profissão assenta muito no planear, executar e reformular para voltar a executar, vamos de encontro à essência do texto: “pare, escute e pense”.
Até mais,
Cuaudiah**

Sem comentários: